O consumo expande nossas experiências, molda nossa realidade e materializa nossa identidade.
Esta curadoria que fazemos diante de tudo aquilo que nos é ofertado dá forma e materialidade a nossos rituais cotidianos e são fundamentais para a constituição de nossa identidade. Neste contexto, a razão porque compramos coisas reside no potencial que cada produto carrega de expandir nossas experiências, facilitar nosso dia-a-dia e refletir aquilo que somos ou desejamos ser. Desta maneira produzimos cultura na forma de consumo.
Contudo, se esvaziado de significado, o consumo nos conduz a um estado de ansiedade e insatisfação. Passamos a desejar um algo sempre efêmero que muda a cada lançamento e acabamos não criando vinculo verdadeiro com aquilo que temos. Este é um dos motivos que está levando cada vez mais pessoas a repensarem seu comportamento de consumo e estilo de vida em busca de algo mais conectado com seus valores e ideais.
Surge, assim, a necessidade de resgatar o aspecto cultural do consumo, algo que transpõe as dinâmicas de mercado e preenche marcas com propósito, sentido e significado para que possam exercer seu papel social: transformar e potencializar experiências cotidianas.
“Consumidores são agentes ativos na apropriação e transformação daquilo que consomem. É por meio desses processos de apropriação que as identidades são construídas.”